I
DOMINGO DO ADVENTO - VIGILÂNCIA
Estamos iniciando o
tempo do advento. A Coroa do Advento compõe-se de uma guirlanda verde, sinal de esperança;
uma fita vermelha, marca do amor de Deus para com a humanidade; a cor dourada,
lembrando a realeza de Cristo e quatro velas, cada uma de uma
cor. A cada domingo iremos dando o sentido destas cores das velas. Hoje destacamos o VERDE. Cantando “Uma vela acendemos dente
momento é a primeira vela da coroa do advento.
Deus tem sempre mostrado o seu rosto
misericordioso, assim como falou pelos profetas aos nossos antepassados,
orientando o povo de Deus para a vinda do Messias, sobre vinda do Filho de
Deus, mais uma vez, temos esta revelação profética que a Igreja nos anuncia
neste tempo do advento, a segunda vinda do Filho de Deus. Se antes muitos pereceram
por não estar preparados, agora com a experiência da palavra de Deus somos
chamados a sermos vigilantes e atuantes.
Tempo de adventos ao entrar na
celebração com a vela da coroa do advento de cor verde:
Nesse Domingo, inicia mais um Ano
Litúrgico, no qual relembramos e revivemos os Mistérios da História da
Salvação. A Igreja nos põe de sobreaviso com quatro semanas de antecedência a
fim de que nos preparemos para celebrar de novo o Natal e, ao mesmo tempo, para
que, com a lembrança da primeira vinda de Deus feito homem ao mundo, estejamos
atentos a essas outras vindas do Senhor: no fim da vida de cada um e no fim dos
tempos. Por isso o Advento é tempo de preparação e de esperança.
A palavra ADVENTO significa “Vinda”,
chegada: nos faz relembrar e reviver as primeiras etapas da História da
Salvação, quando os homens se preparam para a vinda do Salvador, a fim de que
também nós possamos preparar hoje em nossa vida a vinda de Cristo por ocasião
do Natal.
Isaías fala com ênfase da era
messiânica, quando todos os povos se hão de reunir em Jerusalém para adorarem o
único Deus. Jerusalém é figura da Igreja, constituída por Deus “sacramento
universal de salvação” ( LG 48), que abre os seus braços a todos os homens para
os conduzir a Cristo e para que, seguindo os seus ensinamentos, vivam como
irmãos na concórdia e na paz. Cada cristão deve ser uma voz a chamar os homens,
com a veemência de Isaías, a fé verdadeira e ao amor fraterno. Convida Isaías:
“Vinde e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.” (Is 2,5).
O Evangelho (Mc 13,33-37) é uma
exortação à vigilância constante para preparar a vinda do Senhor.
Preparemos o caminho para o Senhor
que chegará em breve; e se notarmos que a nossa visão está embaçada e não
distinguimos com clareza a luz que procede de Belém, é o momento de afastar os
obstáculos. É tempo de fazer com especial delicadeza o exame de consciência e
de melhorar a nossa pureza interior para receber a Deus. É o momento de
discernir as coisas que nos separam do Senhor e de lançá-las para longe de nós.
Um bom exame de consciência deve ir até as raízes de nossos atos, até os
motivos que inspiram as nossas ações. E logo buscar o remédio no Sacramento da
Penitência (Confissão)!
“Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis
quando chegará o momento” (Mc 13, 35). Não se trata apenas da “parusia”, mas
também da vinda do Senhor para cada homem no fim da sua vida, quando se
encontrar face a face com o seu Salvador; e será esse o dia mais belo, o
princípio da vida eterna! “Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da
casa vem” (Mc 13, 35).
Toda a existência do homem é uma
constante preparação para ver o Senhor, que cada vez está mais perto; mas no
Advento a Igreja ajuda-nos a pedir de um modo especial: “Senhor, mostrai-me os
vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas. Dirigi-me na vossa verdade,
porque sois o meu Salvador” (Sl24).
Para manter este estado de vigília, é
necessário lutar, porque a tendência de todo homem é viver de olhos cravados
nas coisas da terra.
Fiquemos alertas! Assim será se
cuidarmos com atenção da oração pessoal, que evita a tibieza e, com ela, a
morte dos desejos de santidade; estaremos vigilantes se não abandonarmos os
pequenos sacrifícios, que nos mantêm despertos para as coisas de Deus. Diz-nos
São Bernardo: “Irmãos, a vós, como às crianças, Deus revela o que ocultou aos
sábios e entendidos: os autênticos caminhos da salvação. Aprofundai no sentido
deste Advento. E, sobretudo, observai quem é aquele que vem, de onde vem e para
onde vem; para quê, quando e por onde vem. É uma curiosidade boa. A Igreja não
celebraria com tanta devoção este Advento se não contivesse algum grande
mistério.